Educação Luso-Brasileira: o Colégio de Santo Antão e as Aulas da Esfera

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3828.2015v3n3p23-32

Autores

  • Natália Cristina de Oliveira Universidade Estadual de Maringá
  • Celio Juvenal Costa Universidade Estadual de Maringá
  • Gilmar Alves Montagnoli Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Colégio de Santo Antão, Companhia de Jesus, Portugal, Século XVI.

Publicado

2015-06-09

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Artigos

Resumo

Tratamos aqui do Colégio de Santo Antão, fundado pela Companhia de Jesus, no século XVI, em 1553, em Lisboa, o qual, especialmente devido às suas Aulas de Esfera, se destacou no cenário educacional e científico lusitano. Com a vinda da Companhia de Jesus a Portugal, em 1540, passam a ser implantados, no Reino e em todo o Império, Colégios dirigidos pelos seus membros, os quais, posteriormente, não terão mais somente fins religiosos. Assim, nesse contexto, apresentamos, primeiramente, os principais objetivos, características e dificuldades da ordem inaciana no território português, bem como aspectos quanto à sua implantação, seus objetivos iniciais e sua consolidação. Posteriormente, abordaremos a história do Colégio de Santo Antão, sua origem e principais características, estabelecendo uma discussão pontual acerca de uma das aulas mais importantes da instituição: a Aula de Esfera, intrínseca à Matemática. Aquela instituição de ensino cresceu rapidamente e foi para além do quinhentos, tornando-se o maior e mais destacado centro de Ciências e Astronomia de Portugal. Partimos do pressuposto de que estudar a história do Colégio de Santo Antão contribui para se compreender como eram consideradas as inovações no ensino luso, ainda que jesuítico, no Portugal e, também, no Brasil do séc. XVI.

Biografia do Autor

Natália Cristina de Oliveira, Universidade Estadual de Maringá

Mestrado em Educação na área de História e Historiografia da Educação (em andamento) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Integrante do grupo de pesquisa interinstitucional Educação, Cultura e História: Brasil, séculos XVI, XVII e XVIII (DEHSCUBRA), do Laboratório de Estudos do Império Português (LEIP) e do Grupo de Pesquisa em Educação (GEPEDUC/UENP - CCP). Possui Especialização em Políticas Públicas para a Educação e Especialização em Educação Especial e Inclusiva, ambos pela Universidade Estadual do Norte do Paraná - Campus Cornélio Procópio (UENP - CCP). Formada em Licenciatura Plena em Pedagogia (2010), pela mesma Universidade. Tem experiência na área da Educação.

Celio Juvenal Costa, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (1987), mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (1996) e doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2004). Atualmente é docente da Universidade Estadual de Maringá, dos cursos e Pedagogia nas modalidades presencial e a distância e do mestrado e doutorado em Educação. É coordenador adjunto do curso de graduação em Pedagogia a Distância. A área de pesquisa em que atua é Educação, Cultura e História do Brasil Colonial, escrevendo artigos, apresentando trabalhos em eventos, orientando na graduação, mestrado e doutorado. Participa do grupo de pesquisa interinstitucional Educação, Cultura e História: Brasil, séculos XVI, XVII e XVIII (DEHSCUBRA) e do Laboratório de Estudos do Império Português (LEIP) da Universidade Estadual de Maringá.

Gilmar Alves Montagnoli, Universidade Estadual de Maringá

Graduação em História (2005) e em Pedagogia (2010) pela Universidade Estadual de Maringá, mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (2013). É aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá. Atualmente é professor colaborador do Departamento de Teoria e Prática da Educação da Universidade Estadual de Maringá. Possui experiência na Educação Básica.

Como Citar

Oliveira, N. C. de, Costa, C. J., & Montagnoli, G. A. (2015). Educação Luso-Brasileira: o Colégio de Santo Antão e as Aulas da Esfera. Interfaces Científicas - Educação, 3(3), 23–32. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2015v3n3p23-32

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