O FASCÍNIO E A ESPETACULARIZAÇÃO COMO PEDAGOGIAS DO CORPO NO WORLD OF WARCRAFT

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v8n2p132-146

Autores

Palavras-chave:

World of Warcraft, Jogos Online, Representações Corporais, Fascínio do corpo, Espetacularização do Corpo.

Publicado

2020-04-23

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Seção

Dossiê

Resumo

O artigo apresenta resultados de uma pesquisa que objetivou analisar construções de pedagogias corporais a partir dos processos de fascínio e espetacularização do corpo nas representações dos personagens do World of Warcraft. Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo e analítico, realizado através de observação participante. As análises de contúdo foram feitas a partir de informações obtidas por meio respostas a uma entrevista com questionário semiestruturado com um grupo de jogadores e também na análise das imagens das representações corporais desses jogadores com contas no World of Warcraft. O argumento central é que no espaço do jogo World of Warcraft, norteados pela cultura da visibilidade, os jogadores produzem fascínio e espetacularização de si, através da espetacularização do corpo, em suas criações, relações e performances. Resultados apontam que, com esses processos, oportunizam a aquisição de capital social que os promovem no acesso a experiências sociais que promovem aprendizados. O artigo conclui que mais do que render-se às ‘solicitações’ da cultura da visibilidade, a espetacularização do corpo, no jogo, mostra a necessidade do indivíduo acessar experiências diferenciadas que geram aprendizados próprios na vivência social do corpo.

Biografia do Autor

Julio Cesar Gomes Santos, Universidade Estadual da Bahia - UNEB

Doutor em educação - UFBA Professor de Filosofia na UNEB

Edvaldo Souza Couto, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Professor Titular na Faculdade de Educação - UFBA. Doutor em Educação (UNICAMP).

Como Citar

Santos, J. C. G., & Couto, E. S. (2020). O FASCÍNIO E A ESPETACULARIZAÇÃO COMO PEDAGOGIAS DO CORPO NO WORLD OF WARCRAFT. Interfaces Científicas - Educação, 8(2), 132–146. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v8n2p132-146

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