A educação profissional no Brasil: os meandros de sua formação e a atuação do estado
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3828.2014v2n2p81-91Palabras clave:
História da educação profissional, Estado e políticas, SENAI, formaçãoPublicado
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Neste trabalho, nos dedicamos a apresentar alguns elementos necessários para a compreensão e análise da história do ensino profissional no Brasil. Para tanto, apresentamos algumas características concernentes aos trabalhos de caráter manual que eram realizados no país a partir da República, bem como as relações e atuações do Estado na modalidade do ensino técnico e profissional. Para esta análise utilizaremos as bases teóricas dos autores - Mészáros, Cury, Weistein, Cunha, Sanfelice. Nos primórdios do Império, permaneceu a mentalidade conservadora desenvolvida ao longo dos três séculos de duração do período colonial. Tal mentalidade pautava-se em destinar o ensino dos ofícios manuais aos humildes, pobres e desvalidos, continuando, portanto, o processo discriminatório em relação às ocupações antes atribuídas somente aos escravos. A humanidade, durante os primeiros estágios da civilização, considerava a aprendizagem de ofícios como inteiramente dissociada dos processos de educação, encarando-a como simples forma de trabalho, sem nenhuma expressão educativa. A educação de conhecimentos profissionais ainda estava situada fora dos estabelecimentos escolares. Consideremos importante iniciar trazendo neste momento contribuições da historiografia da educação brasileira para a discussão da educação profissional, objetivamos compreender a concepção de ensino destas escolas, a análise se situa no amparo documental de “O Escudo” jornal produzido por alunos das escolas do SENAI.
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