RPG E EDUCAÇÃO: A DUPLA FACE DO JOGO

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3828.2023v12n1p359-372

Autors/ores

  • Cinthia Lopes da Silva
  • Marcio Ferreira de Souza
  • Ricardo Ricci Uvinha

Paraules clau:

Atividades de lazer. Educação. Cultura

Publicades

2023-10-26

Descàrregues

Descàrregues

Les dades de descàrrega encara no estan disponibles.

Número

Vol. 12 No 1 (2023): Fluxo Contínuo

Secció

Artigos

Llicència

A Revista oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter um artigo, o(a) autor(a) se reconhece como detentor(a) do direito autoral sobre ele e autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso.

Resum

O objetivo deste estudo foi analisar o que se tem discutido na produção acadêmica nacional sobre o jogo Role Playing Game (RPG) e suas interfaces com a educação. O tipo de pesquisa é bibliográfica, de naturezas quantitativa e qualitativa, em que se realizou uma busca sobre os termos “jogos RPG e Educação”, no período de 2002 a 2019 com o total de 24 textos selecionados. Os aspectos quantitativos analisados nos textos foram: área da pesquisa, tipo de trabalho (artigo, dissertação ou tese), instituição de origem dos autores e a localização da instituição por região do Brasil. A análise qualitativa teve como finalidade responder à pergunta: o que se tem discutido sobre RPG e educação no âmbito acadêmico no cenário nacional? A partir dos trabalhos verificados, os resultados encontrados mostram que a maioria dos textos selecionados estão alocados na área da Educação, a produção de artigos é predominante dentre os tipos de trabalho, a maioria dos autores possuem vínculos com instituições públicas e localizadas nas regiões sul e sudeste do Brasil. Conclui-se ainda que os jogos de RPG podem ser compreendidos como: 1-) um meio para se aprender conhecimentos diversos e 2-) interessantes aos jogadores pelas características do próprio jogo, portanto o RPG é um jogo a ser conhecido e praticado. Assim, o RPG revela-se em uma dupla face para o seu jogador: pode-se jogar e aprender pelo jogo ou aprender a jogar o jogo. Tais achados contribuem para incentivar diferentes profissionais ao uso do RPG, tendo como foco essa dupla face apresentada pelo jogo.

Com citar

Lopes da Silva, C., Souza, M. F. de, & Uvinha, R. R. (2023). RPG E EDUCAÇÃO: A DUPLA FACE DO JOGO. Interfaces Científicas - Educação, 12(1), 359–372. https://doi.org/10.17564/2316-3828.2023v12n1p359-372

Referències

ADRIANI. R. L. L. B. Jogos de M-Learning: do veículo de comunicação ao instrumento de ensino. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2008.

BARBOSA, R. E. Jogando para transitar seguro: uma experiência de educação para o trânsito. Dissertação (Gestão do Conhecimento). Universidade Federal de Santa Catarina, 2015.

CABALERO, S. da S. X. Modelo de análise socioconstrutivista para compreensão do processo de aprendizagem pelo role playing game (RPG) digital. Tese (Doutorado em Difusão do conhecimento). Universidade Federal da Bahia, 2018.

CARDOSO, B. e S. RPG guardiões da palavra: o uso do role playing game (RPG) no ensino interdisciplinar em História sobre a comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP). Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade do Estado da Bahia, 2018.

CARDOSO, B. e S., SANTIAGO, R. C. C. de A. Jogo role playing game digital -RPG: uma proposta pedagógica para o ensino de História. Artefactum – Revista de Estudos em Linguagem e Tecnologia, ano IX, n.2, p.1-12, 2017.

COUTO JUNIOR, D. R.; FERREIRA, H. M. C. Jovens e narrativas digitais: pensando os outros na educação. Contemporânea, UERJ,Ed.19 , Vol.10 , N1 , 2012.

DOTTO, B. C. O uso de jogos de RPG na gestão de conflitos socioambientais, e proteção do geopatrimônio hídrico no município de Itaara- RS. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade Federal de Santa Maria, 2016.

FEIX, Daniel. Números revelam crescimento acentuado de mercado de cinema. Jornal Zero Hora. Porto Alegre, 28 dez. 2015. Entretenimento. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/entretenimento/noticia/2015/12/numeros-revelam- crescimento-acentuado-do-mercado-de-cinema-4938967.html>. Acesso em: 27 mai. 2016.

HOFF, M. S.; WECHSLER, S. M. A prática de jogos computadorizados em um grupo de adolescentes. Rev. Estudos de Psicologia, PUC-Campinas, v. 19, n. 2, p. 59-77, maio/agosto 2002.

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 7ª. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2012.

LAUREANO et al. Uso do role-playing game (RPG) como complemento didático no ensino de imunologia. Journal of Biochemistry Education, v.15, n.1, p.64-81, 2017.

MAIA, T et al. Encruzilhadas. O Jogo da sua vida: Desenvolvimento de instrumento lúdico na prevenção do câncer. Rev. Bras. Cancerologia, v. 59, n. 2, p. 219-227, 2013.

MARINS, E. S. O uso do Role Playing Game (RPG) no ensino de Ciências: uma atividade voluntária e complementar às aulas no Ensino Fundamental II. Dissertação (Mestrado em Ciências). Universidade de São Paulo, 2017.

MENDES, L. F. de O., BOECHAT, L. T. Rolando dados históricos: o role-playing game (RPG) e o ensino de História. Educação & Linguagem, ano 6, n.2, p.110-121, maio-ago 2019.

MINAYO. M. C. de S. (Org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 31ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

PETRY, A. Alem do level-up: aspectos psicológicos dos jovens adultos ao fazerem uso dos jogos MMORPG. U. Unoesc & Ciência - ACBS Joaçaba, v. 6, n. 2, p. 137-144, jul./dez. 2015.

RANDI, M. A. F.; CARVALHO, H. F. Learning through role-playing games: an approach for active learning and teaching. Rev. bras. educ. med., Rio de Janeiro , v. 37, n. 1, p. 80-88, mar. 2013.

RIOS, R.; GONÇALVES, M. S. Jogos de RPG (5a a 8a séries). São Paulo: Scipione, 1997.

ROCHA, M. S. RPG: Jogo e conhecimento. O Role-playing game como mobilizador de esferas do conhecimento. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Metodista de Piracicaba, 2006.

RODRIGUES, D. dos S., ZAVAN, A. R. RP-G2 – Uma Aventura na Educação. Revista Mundi Engenharia, Tecnologia e Gestão, v.3, n.4, p. 115-1/115-19, dezembro de 2018.

SALDANHA, A. A.; BATISTA, J. R. M. A concepção do Role-playing game (RPG) em jogadores sistemáticos. Psicologia Ciência e Profissão, 2009, 29 (4), 700-717.

SALES, M. O. Jogos textuais interativos na escola: efeitos dos role-playing games na sala de aula. Dissertação (Mestrado em Psicologia Cognitiva). Universidade Federal de Pernambuco, 2013.

SAMAGAIA, R.; PEDUZZI, L. O. O. Uma experiência com o Projeto Manhattan no Ensino Fundamental. Ciência & Educação, v. 10, n. 2, p. 259-276, 2004.

SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2007.

SILVA, M. V. O jogo de papéis (RPG) como tecnologia educacional e o processo de aprendizagem no Ensino Médio. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Tuiuti do Paraná, 2009.

SILVA, C. B. O uso da aventura solo (RPG) na formação de professores com foco na avaliação de aprendizagem. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2015.

SOARES et al. Role-playing game (RPG) como estratégia pedagógica na formação do enfermeiro: relato da experiência de criação do jogo. Texto contexto – enferm., v.24, n.2, p.600-608, abril-jun. 2015.

SOUZA, E. S. Uso de jogos de role-playing game (RPG) como uma estratégia possível de aprendizagem de conteúdos de biologia na educação de jovens e adultos. Rev. Cient. Interdisciplinar, v. 2, n. 3, p.384-393, jul. set. 2015.

TEREZANI, Denis, et. al. Lazer e meio ambiente: um estudo a partir dos anais do encontro nacional de recreação e lazer (ENAREL). Licere: Belo Horizonte, v.13, n.1, p. 01-30, mar/2010.

UVINHA, R. R. et al. Lazer, virtualidade e hospitalidade: a prática do pokémon go entre estudantes universitários. Revista Hospitalidade, v. 13, número especial, p.1-17, 2016.

VANINI, L. A construção de identidades online por meio do RPG: relações com o ensino e aprendizagem de matemática em um curso a distância. Bolema, Rio Claro (SP), v. 28, n. 50, p. 1567-1573, dez. 2014.