POSIÇÕES DE SUJEITOS DEMANDADAS PELAS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3828.2020v9n2p110-124Palavras-chave:
Base Nacional Comum Curricular, Geometria, Currículo, Educação Matemática.Publicado
Downloads
Downloads
Edição
Seção
Licença
A Revista oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter um artigo, o(a) autor(a) se reconhece como detentor(a) do direito autoral sobre ele e autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso.Resumo
O presente artigo teve por objetivo analisar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), definida neste trabalho como elemento de um dispositivo, visando identificar formas de subjetivações a partir deste documento. Em especifico foi analisado as posições de sujeitos disponibilizadas aos docentes por meio das Tecnologias Digitais, classificando-os como sujeitos semitecnológicos e tecnológicos. A metodologia foi definida e adotada de acordo com a análise qualitativa e a cartográfica rizomática, que possui características de uma investigação onde tudo pode ser “conectável”, como consequência foi evidenciada a prática de estratégias do Estado inserido em conjunto a tecnologia e a educação, promovendo como necessidade a capacitação em um viés mercadológico. Em resultado, a característica envolvente para suprir esta necessidade foi prescrição do uso das tecnologias, para que os currículos da Matemática escolar atenda-o, tornando a capacitação para o uso da tecnologia um fator preponderante para os docentes, inseridos como regime de verdade como potencialização do conhecimento do aluno. Sinteticamente evidenciamos que o uso das tecnologias promoveu a subjetivação de dois tipos de sujeitos (tecnológico e semitecnológico) onde um deles promove o conhecimento do conteúdo com a ferramenta e o outro contribui para suprir a necessidade de mercado do Estado, e com a implementação da BNCC com a indicação desse recurso tem como consequência a ampliação desses sujeitos.Como Citar
Referências
ARAÚJO, A. K. L. Jogos Digitais na Educação Matemática. Encontro de iniciação à docência da UEPB, 2017.
BARBOSA, D. N. F. et al. Ensinando lógica com as tecnologias da informação: desenvolvendo o raciocínio lógico e o pensamento computacional. Cataventos v.9, n.1, p.54-72, nov./2017.
BEZERRA, M. C. A.; ASSIS, C. C. Atividades com o GeoGebra: possibilidades para o ensino e aprendizagem da Geometria no Fundamental. XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática – CIAEM, Recife, Brasil, 2011.
BORBA, M. C.; SILVA, R. S. R.; GADANIDIS, G. Fases das tecnologias digitais em Educação Matemática: Sala de aula e internet em movimento. Autêntica Editora, 3 ed., 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Brasília: MEC, 2017.
CALDEIRA, M. C. S.; PARAÍSO, M. A. Fadas e Bruxas no currículo de alfabetização de crianças de seis anos: posições de sujeito usadas para classificar e governar infantis e docentes. 6º SBECE, 2015.
DELEUZE, G. Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. —Rio de janeiro : Ed. 34, 1995
DELEUZE, G. Que és un dispositivo? In: BALIBAR, E.; DREYFUS, H.; DELEUZE, G. et al. Michel Foucault, filósofo. Barcelona: Gedisa, 1999. p. 155-163.
FONSECA, M. A. Michel Foucault e a constituição do sujeito. 3 ed.- São Paulo: EOUC : 2011.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: A vontade de Saber. Tradução: Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro, Edições Graal, 1999.
FOUCAULT. M. Microfísica do poder. Org. e Trad.: Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 34 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas São Paulo, v. 35, n. 2, p. 57-63 Mar./Abr. 1995
GONÇALVES, E. H. G.; OLIVEIRA, G. S.; GHELLI, K. G. M. As tecnologias digitais no processo de ensino e aprendizagem da Matemática na Educação de Jovens e Adultos. Cadernos da Fucamp, v.16, n.28, p.133-149/2018
JAQUES, M. D.; SPENGLER, F. M. S. Políticas públicas para o tratamento de conflitos no Brasil e novas tecnologias: perspectivas de utilização da mediação digital em uma sociedade (semi) digital. Revista Novos Estudos Jurídicos - Eletrônica, Vol. 23 - n. 1 - jan-abr 2018
LÉVY, P. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 1999.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 10. ed. rev. e ampl. - São Paulo: Cortez, 2012.
MORIN, E. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução: Eloá Jacobina. - 8a ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
OLIVEIRA, C. TIC’S na educação: a utilização das tecnologias da informação e comunicação na aprendizagem do aluno. Pedagogia em Ação, [S.l.], v. 7, n. 1, dez. 2015.
PARAÍSO, M. Apresentação. In Marlucy Paraíso (Org.), Pesquisas sobre currículos e culturas: temas, embates, problemas e possibilidades. Curitiba: CRV, 2010.
PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants. On the Horizon, NCB University Press, Vol. 9 Nº. 5, 2001
RABINOW, P.; DREYFUS, H. L. Michel Foucault, uma trajetória filosófica - Para além do estruturalismo e da hermenêutica. Tradução: Vera Porto Carrero. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
SANTOS, M.; SCARABOTTO, S. C. A.; MATOS, E. L. M. Imigrantes e nativos digitais: um dilema ou desafio na educação? X congresso Nacional de Educação – EDUCERE, 2011.
SOUSA, C. S. S.; PINEL, H.; MELO, D. C. F. Paulo Freire: o uso crítico sobre as tecnologias na educação. Arte factum, Revista de estudos em Linguagens e Tecnologia, v. 16, n. 1, 2018.