A escola como preservação da cultura
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3828.2014v2n3p181-195Palavras-chave:
Palavras-chave, imigração, memória, escola polonesa, cultura.Publicado
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O presente artigo tem como objetivo recuperar a história das escolas de imigração
polonesa em Irati, como forte instrumento de preservação da cultura. Os dados
apresentados foram obtidos através da memória de três ex-alunos que freqüentaram escolas diferentes na década de 1930, antes da proibição do ensino em língua do imigrante, pelo estado brasileiro. Neste período, apesar da existência de decretos estaduais indicando a necessidade do ensino na língua vernácula, percebe-se a permanência do ensino na língua polonesa, até o decreto de nacionalização do ensino, momento em que acontece a desconstrução da cultura do polonês. O processo de nacionalização atinge não só a questão do ensino, mas todas as instâncias da cultura polonesa, principalmente a religião que é a base dessa cultura. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, caracterizando-se como um estudo de caso. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi a entrevista com perguntas abertas, dando aos entrevistados total liberdade de expressão e recorrendo a sua memória como fonte de compreensão da sociedade daquele período. Os relatos sobre o cotidiano escolar apontam que os conteúdos, em sua maioria, tratavam da terra natal dos imigrantes. Será apresentada uma breve abordagem a respeito da situação da Polônia no final do século XIX. Também uma abordagem sobre o município de Irati, como um dos municípios que recebeu grande número de imigrantes, com maior ênfase nos poloneses e o histórico das
três escolas onde os entrevistados estudaram. Como referência serão utilizados,
Wachowicz (2002), Orreda (1972, 2007), Félix (2003) dentre outros.
Como Citar
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