Entre milhos e palmatórias Memórias escolares sobre uma infância castigada: Vivências e ressignificações.
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https://doi.org/10.17564/2316-3828.2016v4n3p19-30Palavras-chave:
Castigos Escolares., Habitus., Memórias.Publicado
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O presente artigo relata e problematiza memórias e sentimentos de três professoras residentes em Aracaju/SE sobre os castigos vivenciados em sua trajetória escolar, sendo cada uma em um período histórico diferente: décadas de 1950, 1970 e 1990. Como resultado, observou-se semelhanças entre as práticas experimentadas pelas três docentes, com ênfase no uso da palmatória, ajoelhamento no milho e ficar de pé na frente da sala. Foi abordada também a participação das famílias nesse processo, bem como as ressignificações das entrevistadas em seus modos de pensar e agir, discutindo, para tanto, o conceito de habitus em Pierre Bourdieu. Por meio das recordações docentes, foi possível não só investigar similaridades e diferenças nas práticas de castigos aplicadas no universo escolar ao longo do tempo, mas também compreender de que forma elas se apropriaram de tais vivências para compor suas práticas pedagógicas.Como Citar
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