LITERATURAS AFRICANAS E AFRO-BRASILEIRAS: APROXIMAÇÕES CULTURAIS QUE LEGITIMAM IDENTIDADES
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3828.2018v7n1p161%20–%20168Palavras-chave:
literaturas africanas, identidades, círculos de leituraPublicado
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A presente pesquisa deriva do anseio em incluir na dinâmica da aprendizagem literária, na educação básica, produções literárias africanas. Para conduzir nosso trabalho reservamos dois tempos de aula semanais, durante o ano letivo de 2015, para realizar a leitura das literaturas citadas. Nossa rotina também incluiu a leitura de produções indígenas e europeias, no entanto, focalizaremos apenas as africanas e afro-brasileiras, por constituírem nosso objeto de estudo. O público-alvo foi composto por um grupo de alunos do 1º ano do Ensino Médio; da rede Estadual situada no Município de São Gonçalo-RJ. A maior parte desse público foi constituída por alunos afrodescendentes, o que confirma a relevância desse trabalho em legitimar pela leitura literária identidades negras, historicamente silenciadas. Nosso estudo foi embasado pela proposta de círculos de leitura, apresentada por Rildo Cosson em sua obra intitulada Círculo de leitura e letramento literário. A fim de suscitar a valorização das contribuições culturais das populações negras buscamos, entre outros, o teórico Kabengele Munanga (2008) em sua obra: Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra; Negritude, usos e sentidos. Como produto final, desenvolvemos um caderno de atividades, com orientações para círculos de leitura que contemplem as literaturas aqui estudadas. Os resultados dessa pesquisa indicam que é possível romper paradigmas preconceituosos e valorizar a cultura de uma etnia com expressivo número de descendentes nas escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, assim como a possibilidade de gradativamente desconstruir estereótipos pela ressignificação da aprendizagem literária.
Como Citar
Referências
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