Os saberes matemáticos no parecer sobre a instrução pública primária de Rui Barbosa
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3828.2015v3n2p23-32Palavras-chave:
Instrução pública. Escola primária. Rui Barbosa. Finalidades. Desenho. Taquimetria.Publicado
Downloads
Downloads
Edição
Seção
Licença
A Revista oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico contribui para a democratização do saber. Assume-se que, ao submeter um artigo, o(a) autor(a) se reconhece como detentor(a) do direito autoral sobre ele e autoriza seu livre uso pelos leitores, podendo ser, além de lido, baixado, copiado, distribuído e impresso.Resumo
No final do século XIX a educação preconizada pela escola era considerada a alavanca para o progresso, modernização e mudança social do país. A concepção de uma escola nova que visasse a formação de um novo homem colocou em debate, entre outras, questões relativas ao método e aos conteúdos de ensino. Nessa época e contexto, desponta a importante figura do intelectual brasileiro Rui Barbosa. Presente em diferentes momentos políticos e “campos de lutas”, Rui em sua defesa em prol da educação popular nos apresenta um parecer intitulado Reforma do ensino primário e várias instituições complementares da instrução pública (1883, vol. X, Tomo II) no qual analisa a situação do ensino brasileiro a partir do diagnóstico de outros países. Nesse sentido, tal documento foi examinado com o intuito de identificar que discurso é apresentado por Rui para o ensino dos saberes matemáticos e a defesa que foram feitas a partir deles. Consideradas matérias importantes para o nível elementar de ensino, os saberes geométricos, desenho e medidas elementares – taquimetria, ao que tudo indica, são apresentadas por Rui para atender a um discurso de modernidade, além de estarem fundamentalmente atreladas à formação das camadas populares, do futuro trabalhador e cidadão. O desenho ganha destaque especial por sua finalidade prática, pelo auxílio à escrita e a outros ramos do ensino. Sem esquecer da adoção da taquimetria entendida por ele como a concretização da própria geometria.Como Citar
Referências
BARBOSA, Rui. Reforma do Ensino Primário e várias Instituições Complementares da Instrução Pública. Obras Completas de Rui Barbosa. Vol. X. 1883, tomo II. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, 1946.
CHERVEL, André. A história das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. In: Teoria & Educação, p.177-229, 1990.
HEILAND, Helmut. Friedrich Fröbel (1782-1852). In: Friedrich Fröbel. Tradução e organização: Ivanise Monfredini. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
MORMUL, Najla Mehanna; MACHADO, Maria Cristina Gomes. Rui Barbosa e a educação brasileira: os pareceres de 1882. Cadernos de História da Educação (UFU. Impresso), v. 12, p. 277-294, 2013.
SOËTARD, Michel. Johann Heinrich Pestalozzi. In: SOËTARD, M. Johann Pestalozzi. Tradução: Martha Aparecida Santana Marcondes, Pedro Marcondes e Gino Marzio Ciriello Mazzetto; Organização: GASPARIN, J. L. e MARCONDES, M. A. S. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.
SOUZA, Rosa Fátima. Inovação educacional no século XIX: a construção do currículo da escola primária no Brasil. In: Cadernos Cedes (UNICAMP), Campinas, v.51, p.33-44, 2000.
ZANATTA, Beatriz Aparecida. O Legado de Pestalozzi, Herbert e Dewey para as práticas pedagógicas escolares. Revista Teoria e Prática da Educação, v. 15, n. 1, p. 105-112, jan./abr. 2012. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/18569>. Acesso em: 15 ago. 2014.