ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL DO PARÁ (BRAZIL).

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3798.2021v8n3p348-360

Autores

  • Amanda Rocha
  • Edivaldo de Oliveira Instituto Evandro Chagas

Publicado

2021-10-18

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Secção

Artigos

Resumo

A Leishmaniose é uma doença negligenciada pelas políticas de saúde pública no Brasil, sendo potencialmente fatal. Dentre os pacientes com maior risco de mortalidade, destacam-se crianças com idade inferior a cinco anos, pacientes desnutridos e com imunodeficiências. No Brasil a Leishmaniose é uma doença de notificação compulsória, e o Pará está entre os estados com maior número de casos da doença, registrando, nos últimos quatro anos, aproximadamente 1800 casos confirmados. Entretanto, não há estudos com análises do perfil epidemiológico de pacientes nesse Estado. Desta forma, este estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico da Leishmaniose Visceral (LV) da faixa etária pediátrica, de pacientes do Pará, no período de janeiro de 2015 a dezembro 2018. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal e retrospectivo. Foram analisados os casos notificados e confirmados de pacientes pediátricos, do estado do Pará, obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANNET). Os resultados apresentados no estudo demonstram que a faixa etária pediátrica, menor de 14 anos apresenta maior incidência da doença no estado do Pará, comparado com os adultos. Houve, nas últimas décadas, uma oscilação da doença, e a partir de 2015 houve uma ascensão, principalmente na pediatria. A população pediátrica de 1 a 4 anos é a mais comprometida, com risco de recidivas. A cura nessa população é prevalente, porém menores de 1 ano tem maior risco de evoluir para óbito. As análises estatísticas mostraram que não houve diferença estatística nessa faixa etária em relação ao sexo, raça e zona de moradia.

Como Citar

Rocha, A., & de Oliveira, E. (2021). ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL DO PARÁ (BRAZIL). Interfaces Científicas - Saúde E Ambiente, 8(3), 348–360. https://doi.org/10.17564/2316-3798.2021v8n3p348-360