OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA PRISIONAL

DOI :

https://doi.org/10.17564/2316-3798.2019v7n2p%25p

Auteurs-es

  • Roberta Lopes Lopes Universidade Estadual de ciências da Saúde de Alagoas
  • Amanda Cavalcante
  • Janine Melo
  • Géssyca Cavalcante
  • Andreza Oliveira
  • Paula Weslânnya

Mots-clés :

doenças infectocontagiosas, prisões, liberdade

Publié-e

2019-02-28

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Résumé

Introdução: este estudo tem como objeto de pesquisa a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. O confinamento em que se encontram as pessoas privadas de liberdade são determinantes para o surgimento de doenças infectocontagiosas, influenciando na qualidade de vida dos portadores dessas patologias. Objetivo: descrever a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Método: trata-se de um estudo de campo, descritivo, com abordagem quantitativa sobre a ocorrência de doenças infectocontagiosas em pessoas privadas de liberdade no sistema prisional, onde foram utilizados prontuários de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional. Como critérios de inclusão foram elencados: prontuários de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. As variáveis estudadas estarão relacionadas ao perfil clínico: perfil sociodemográfico (idade, cor, escolaridade, estado civil), fatores predisponentes (uso de álcool, tabagismo, índice de massa corporal), perfil epidemiológico (doença de base), doença infectocontagiosa e se realizou o tratamento. A organização e armazenamento dos dados ocorreu com o auxílio do programa Excel; já a análise e interpretação dos resultados obtidos, foi através do programa BioEstat. Os resultados foram expostos com o auxílio de tabelas, estabelecendo a frequência absoluta e relativa das variáveis em estudo. Resultados e discussão: Ao avaliar o perfil sociodemográfico, observou que 51,02% está na faixa etária entre 18-25 anos. Quanto à variável cor, observou-se que 88,39% não tinha esse dado relatado no prontuário. E levando em consideração que as populações diferem muito em seus padrões de prevalência de doenças e mortalidade essa é uma informação que deve ser descrita. Outro dado importante é a escolaridade, apenas 8,07% conseguiu concluir o ensino médio. Foi evidenciado um maior número de solteiros 36,60%. De acordo com os fatores de risco, 48,23% faz uso de álcool, e 50,89% é tabagista, com relação ao índice de massa corporal (IMC), 85,70% não tinha o peso e altura descrito no prontuário. Após a verificação do perfil epidemiológico detectou que 11,57% possui alguma doença de base, e 46,38% foi diagnosticado com alguma doença infectocontagiosa e que apenas 42,30% da amostra tinha registrado no prontuário que o tratamento para a doença infectocontagiosa foi realizado. Conclusão: Os resultados desta pesquisa reforçaram a concepção de que a população privada de liberdade compõe um grupo vulnerável as doenças infectocontagiosas, devido as questões socioeconômicas e educacionais estarem atreladas ao problema. O estudo permitiu observar a carência de dados importantes nos prontuários, mostrando ser necessário aprofundar a discussão em torno de ações que visem sensibilizar a importância da assistência preventiva no sistema prisional.

Comment citer

Lopes, R. L., Cavalcante, A., Melo, J., Cavalcante, G., Oliveira, A., & Weslânnya, P. (2019). OCORRÊNCIA DE DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS EM PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA PRISIONAL. Interfaces Científicas - Saúde E Ambiente, 7(2). https://doi.org/10.17564/2316-3798.2019v7n2p%p