Análise quantitativa de mastócitos na cicatrização de feridas tratadas com membranas de colágeno contendo própolis vermelha

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3798.2013v1n2p79-90

Autores

  • André Luiz Santos Barreto
  • Talita Santos Bastos UNIT-Universidade Tiradentes/ ITP- Instituto de Tecnologia e Pesquisa
  • Jônatas Almeida Pires
  • Ricardo Luiz Cavalcanti Albuquerque-Júnior
  • Juliana Cordeiro Cardoso

Palavras-chave:

inflamação, mastócitos, própolis vermelha.

Publicado

2013-02-16

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Edição

Seção

Artigos

Resumo

Mastócitos são células do tecido conjuntivo responsáveis pelo início da reação inflamatória e cronificação do processo, e desempenham um papel importante na dinâmica do reparo cicatricial. O uso de membranas biológicas naturais ou sintéticas no reparo de feridas dérmicas extensas, por sua vez, tem sido bastante discutido na literatura, especialmente aquelas à base de colágeno, devido à biocompatibilidade e interatividade desse material. A própolis é um produto natural que apresenta atividade anti-inflamatória, podendo contribuir para a reparação cicatricial. A variedade vermelha desse produto, contudo, ainda é pouco estudada, existindo alguns relatos de uma provável ação cicatrizante. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar o efeito da associação de membranas de colágeno à própolis vermelha sobre a população de mastócitos durante o reparo cicatricial por segunda intenção em ratos. Para tanto, foram preparadas membranas de colágeno I extraído de tendão bovino (10-15mm de espessura) contendo extrato hidroalcóolico de própolis vermelha a 0,1%. Posteriormente, foram realizadas feridas de 1cm2 no dorso de 30 ratos Wistar, que foram distribuídos em seis grupos (n=5): G1 – animais sem tratamento sacrificados em 7 dias; G2 – animais tratados com membrana de colágeno sacrificados em 7 dias; G3 – animais tratados com membrana de colágeno contendo própolis vermelha sacrificados em 7 dias; G4 – animais sem tratamento sacrificados em 14 dias; G5 – animais tratados com membrana de colágeno sacrificados em 14 dias; G6 – animais tratados com membrana de colágeno contendo própolis vermelha sacrificados em 14 dias. Os espécimes removidos foram fixados, processados histologicamente e emblocados em parafina e secções histológicas foram coradas em Azul de toluidina. Ao sétimo dia, a população média de mastócitos total e marginal em G1 mostrou-se significativamente menor que em G2 e G3 (p<0,05), mas não houve diferença entre os dois últimos. Ao décimo quarto dia não foi observada diferença estatisticamente significativa entre o G4, G5 e G6 nem na média total de mastócitos, nem nas duas regiões estudadas separadamente. Sugere-se que, em ratos, o uso de membranas bioativas de colágeno, independentemente de conter ou não própolis vermelha sob a forma de extrato hidroalcoólico a 0,1%, pode reduzir a desgranulação de mastócitos aos sete dias de cicatrização de feridas abertas, mas não influencia a população desta célula imunocompetente nas fases finais (14 dias) do reparo.

Como Citar

Barreto, A. L. S., Bastos, T. S., Pires, J. A., Albuquerque-Júnior, R. L. C., & Cardoso, J. C. (2013). Análise quantitativa de mastócitos na cicatrização de feridas tratadas com membranas de colágeno contendo própolis vermelha. Interfaces Científicas - Saúde E Ambiente, 1(2), 79–90. https://doi.org/10.17564/2316-3798.2013v1n2p79-90