Perfil sociodemográfico e epidemiológico das vítimas de violência sexual no Estado de Sergipe
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3798.2013v1n3p21-33Palavras-chave:
Violência sexual, vigilância, Doença Sexualmente TransmissívelPublicado
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Resumo
Dentre as manifestações de violência, a sexual é tida como a mais persistente e cruel, pois gera implicações traumáticas e permanentes para quem sofre. Atravessa décadas, permeia várias culturas, populações de diferentes faixas etárias e diversos espaços sociais, sendo, portanto, considerada como problema de saúde pública e de violação aos direitos humanos. O estudo objetivou caracterizar o perfil sociodemográfico e epidemiológico das vítimas de violência sexual notificadas no Serviço de Atendimento Médico a Vítimas de Violência Sexual. Estudo descritivo, de corte transversal, com coleta retrospectiva a partir dos prontuários das vítimas do serviço, no estado de Sergipe, no período de 2007 a 2011. A faixa etária das vítimas concentrou 56% de 10 a 14 anos e 94,3% do sexo feminino. Predominou a violência praticada por agressores conhecidos (84,8%) e o IML encaminhou 82,3% dos casos; 64% não fizeram uso de álcool e/ou drogas, enquanto 25% dos agressores fizeram uso. A procura por atendimento apontou 55,4% após 72h da agressão e 57,7% apresentou ausência de lesões. A gravidez ocorreu em 6,3% dos casos e predominou a infecção por sífilis. A partir do conhecimento do perfil das vítimas de violência, espera-se que o presente estudo possa contribuir sensibilizando gestores e profissionais de saúde para o aprimoramento da atenção integral e humanizada ofertada por todos os serviços no atendimento identificando as vítimas de violência sexual.