DINÂMICA ESPACIAL E CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS DA RAIVA HUMANA EM POPULAÇÕES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA
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Resumo
A raiva humana é uma antropozoonose de elevada letalidade, causada pela mordedura ou lambedura de animais silvestres e domésticos infectados pelo Rhabdoviridae, do gênero Lyssavirus. Nas áreas rurais e ribeirinha da região norte os morcegos da espécie D. rotundus são os vetores mais importantes, estabelecendo um grande fator de risco para a ocorrência de surtos da doença. Assim, este estudo objetivou analisar a distribuição espacial da Raiva Humana e de seus possíveis fatores de risco ambientais e de políticas públicas em saúde, no município de Melgaço, estado do Pará, no ano de 2018. Este trabalho transversal e ecológico utilizou dados da Secretária Estadual de Saúde do Pará, do Projeto MapBiomas, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram realizadas estatísticas descritivas e inferenciais com a aplicação do teste qui-quadrado de proporções esperadas iguais com p-valor <0,05, bem como análises espaciais com a técnica de kernel. O perfil epidemiológico mostrou maior ocorrência em homens (60%), crianças (90%), pardos (100%), com ensino fundamental (12%), moradores da zona rural (100%) e com informação sobre vacinação antirrábica (70%), espécie agressora (75%) e óbito (60%) ignoradas. Somente as variáveis faixa etária, escolaridade, e espécie agressora apresentaram significância estatística. A distribuição espacial dos casos foi não homogênea e mostrou relação de dependência espacial com a baixa cobertura de saúde e com nível significativo de antropização em áreas próximas às comunidades ribeirinhas afetadas. Dado o exposto, ressalta-se a necessidade de intensificação das ações de monitoramento e controle da doença, visando a mitigação de sua ocorrência.
PALAVRAS-CHAVE: raiva humana, epidemiologia, análise espacial, saúde pública