A EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A AGROTÓXICOS AUMENTA O RISCO DE AUTOIMUNIDADE E DOENÇAS AUTOIMUNES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3798.2025v10n1p298-316
Publicado
Downloads
Arquivos adicionais
Downloads
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Interfaces Científicas - Saúde e Ambiente
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm permissão e são estimulados a distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar aumento o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Resumo
Estudos têm sugerido a existência de uma relação entre a exposição a agrotóxicos e o desenvolvimento de autoimunidade e doenças autoimunes. Paralelo a isto, o aumento expressivo na utilização de agrotóxicos nas últimas décadas e o aumento dos casos de autoimunidade e de doenças autoimunes em todo o mundo são uma realidade.Diante desse cenário, torna-se cada vez mais necessário o aprofundamento das investigações para averiguar tal relação. Assim, realizamos uma meta-análise abrangente de estudos publicados nesta temática para responder à pergunta: "Existe um risco maior de autoimunidade em agricultores/trabalhadores rurais expostos a agrotóxicos?". As bases de dados: Pubmed, Embase, Lilacs, Scopus, CAF-e e BVS foram consultadas para identificar literaturas qualificadas. A meta-análise foi baseada no cálculo via Modelo Linear Multivariado/Multinível (Efeitos Mistos) e um total de 259 parâmetros em nove artigos foram incluídos no estudo. Os resultados mostraram que o efeito aleatório para todas as análises foi de 0,36 (0,33- 0,39; p<,0001) e a meta-análise mostrou uma heterogeneidade significativa entre os estudos. Em conjunto, esses resultados são uma consequência da variação nos parâmetros imunológicos avaliados por cada estudo selecionado e nos diferentes grupos de indivíduos avaliados entre os estudos. A análise de viés foi complementada pela análise de sensibilidade, que mostrou que o efeito geral permaneceu positivo e a heterogeneidade não mudou significativamente caso algum estudo fosse removido das análises. Ao analisar conjuntamente os dados dos artigos selecionados, fica evidente que a exposição a agrotóxicos aumenta o risco de autoimunidade em agricultores e trabalhadores rurais. Mais estudos são necessários para entender melhor os mecanismos subjacentes às alterações imunológicas compatíveis com a autoimunidade devido à exposição ocupacional a agrotóxicos.
PALAVRAS-CHAVE: pesticidas; agricultores; trabalhadores rurais; autoimunidade.
