Representação Feminina, Identidade Masculina
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2012v1n1p09-15Palavras-chave:
Hope (marca), Gênero, Normatividade, MasculinidadesResumo
Neste artigo buscamos analisar o episódio controverso envolvendo a top model brasileira Gisele Bündchen e a marca de lingerie Hope. Numa polêmica campanha, a marca leva para a televisão um discurso de “sensualidade” feminina que supera a “racionalidade” masculina, ofendendo um sem-número de mulheres no país, na medida em que reproduz um discurso sexista. No entanto, buscamos fazer uma leitura a partir de um viés invisibilizado, a saber, um ideal de masculinidade que tem como personagem hegemônico um homem (heteros)sexualizado, provedor e protetor. As duas imagens de gênero implicam em desigualdades que desde o último século têm sido combatidas e comprometem a busca por um equilíbrio sócio-cultural entre as posições femininas e masculinas.