OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DA INCLUSÃO NOS MUSEUS DE CIÊNCIAS BRASILEIROS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2021v9n1p73-89

Palavras-chave:

Inclusão. Museus de Ciências. Educação museal. Educação inclusiva.

Resumo

O presente estudo busca contribuir para que se ampliem as discussões no tocante à Inclusão nos Museus de Ciências. O objetivo deste trabalho foi analisar quais são os desafios da inclusão do público com deficiência nos espaços museais e quais as contribuições dessa prática. A pesquisa é qualitativa do tipo hermenêutica fenomenológica que busca compreender a realidade e as suas implicações. Como técnica de constituição de dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada com um coordenador/diretor dos Museus de Ciências acessíveis de cada uma das cinco regiões geográficas do Brasil. Os dados foram analisados segundo a perspectiva da Análise de Conteúdo, tendo como unidade de registro o tema, sistematizado em categorias emergentes da análise. Os resultados mostraram que os desafios da inclusão do público com deficiência nos espaços museais estão relacionados à dificuldade de acesso, inerente às barreiras físicas, arquitetônicas e estruturais; falta de recursos para implementação de medidas de acessibilidade que influenciam diretamente na inclusão; falta de formação dos mediadores para atender às demandas do público; barreiras comunicacionais e a pouca participação do público alvo na formulação de políticas e medidas de inclusão. Ressalta-se que a inclusão rompe com a visão elitizada dessas instituições e promove um cenário de diálogo e pertencimento a todas as pessoas. Apesar das dificuldades, é dever das instituições adotarem medidas que ampliem o acesso e incluam o visitante, haja visto que visitar um museu não significa, apenas, acessar o espaço, mas sim, a possibilidade de experimentar e vivenciar o ambiente, de forma segura e autônoma.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cláudia Celeste Schuindt, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Química pela Universidade Federal do Paraná. Mestra em Educação em Ciências e em Matemática pela Universidade Federal do Paraná, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática pela Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Ensino de Ciências e de Química, trabalhando com os seguintes temas: Museus de Ciências, Educação em Espaços não formais, Educação Inclusiva e Materiais Didáticos.

Camila Silveira, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Química pelo Instituto de Química da Unesp de Araraquara. Mestre e Doutora em Educação para a Ciência pela Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru. Atua no campo do Ensino de Ciências, em ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, trabalhando com os seguintes temas: Divulgação Científica, Educação em Museus, Mulheres nas Ciências, Relação Ciência e Arte, Formação de Professores, Processos e Recursos Didáticos. Atualmente, é Professora Adjunta do Departamento de Química, do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática e do Programa de Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.

Downloads

Publicado

2021-03-26

Como Citar

Schuindt, C. C., & Silveira, C. (2021). OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DA INCLUSÃO NOS MUSEUS DE CIÊNCIAS BRASILEIROS. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 9(1), 73–89. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2021v9n1p73-89

Edição

Seção

NÚMERO TEMÁTICO – DEFICIÊNCIA, ACESSIBILIDADE E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA