A ARQUITETURA DO MEDO
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2023v10n1p549-560Resumo
Pretende-se, nesse artigo, apresentar a arquitetura do medo e a insegurança, comuns entre a população dos centros urbanos das cidades brasileiras. Tal realidade tem produzido impactos importantes sobre a vida urbana, como a ampliação da autossegregação residencial, o que leva a ampliação das desigualdades socioespaciais. As grades invadiram as janelas, as câmeras e a segurança privada estão cada vez mais presentes no cotidiano da cidade. O referencial teórico aponta renomados pesquisadores, como: Arantes (2015), Dos Santos (2016), Bauman (2009), Caldeira (2011), Paterzani (2018), onde se buscou suporte teórico para que se formalize a veracidade das informações, por se tratar de um tema relevante para a sociedade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois considera-se que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Ainda considera-se descritiva, pela oportunidade que oferece em descrever fenômenos, como a “arquitetura do medo”, envolvendo o uso da observação e de imagens para melhor identificar os dados levantados. Afirma-se, pois, que a crescente violência urbana, é uma das principais preocupações atuais, no que diz respeito à qualidade de vida dos moradores nas cidades e os seus medos.