SOLIDÃO TEM COR? Uma análise sobre a afetividade das mulheres negras

Autores

  • Ilzver de Matos Oliveira Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos - MESTRADO EM DIREITO - Universidade Tiradentes http://orcid.org/0000-0002-3710-7237
  • Nayara Cristina Santana Santos Universidade Tiradentes

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2018v7n2p9-20

Palavras-chave:

Solidão, Afetividade, Racismo, Preterimento afetivo.

Resumo

No Brasil Colônia, o direito de propriedade do senhor também se estendia ao corpo de suas escravas. A moralidade da época não permitia ao senhor realizar seus desejos sexuais com sua sinhá, então ele elegia a negra para praticar a luxúria e fornicação. Também na literatura, a negra foi relegada a personagens anti-heróicos, raramente eram protagonistas e quando eram, frequentemente estavam representadas por personagens quentes, exibicionistas, moralmente depravadas, corpulentas e voluptuosas. A vigência destes estereótipos racistas criaram no imaginário coletivo uma negra voluptuosa e fogosa, que inspira pouca confiança e que, portanto, não serve para constituir o matrimônio, pois não seriam fiéis e por estarem fora dos padrões de beleza que são determinados pela branquitude. O presente trabalho visa analisar a afetividade das mulheres negras. Consideramos que o racismo institucionalizado opera nas escolhas afetivas. A opção por esse objeto de estudo está baseada em observações e reivindicações do feminismo negro em torno da temática. Concluímos que para reverter estas desigualdades são necessários esforços conjuntos. Políticas afirmativas, uma educação mais libertadora que busque um resgate da ancestralidade negra através da história, em direção ao resgate da autoestima e consciência racial.

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Biografia do Autor

Ilzver de Matos Oliveira, Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos - MESTRADO EM DIREITO - Universidade Tiradentes

Doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Programa de Pós-graduação em Direitos Humanos - MESTRADO EM DIREITO - Universidade Tiradentes. Coordenador do Projeto de Pesquisa "Doutrinas, práticas e saberes locais: controvérsias entre os movimentos de reconhecimento de direitos e a perspectiva tutelar das políticas públicas de Justiça e Segurança Pública no campo dos Direitos Humanos", com fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe-FAPITEC/SE.

Nayara Cristina Santana Santos, Universidade Tiradentes

Graduada em Direito pela Universidade Tiradentes – UNIT. Graduanda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Sergipe - UFS.

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Publicado

2018-10-17

Como Citar

Oliveira, I. de M., & Santos, N. C. S. (2018). SOLIDÃO TEM COR? Uma análise sobre a afetividade das mulheres negras. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 7(2), 9–20. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2018v7n2p9-20

Edição

Seção

Artigos