ACESSIBILIDADE DIGITAL NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO NA PERSPECTIVA DOS SERVIDORES COM DEFICIÊNCIA VISUAL
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2023v10n1p441-455Resumen
Acompanhando a mudança de perspectiva sociocultural mundial em busca de uma gestão laboral inclusiva, o Poder Judiciário brasileiro vem incentivando e normatizando a absorção da força de trabalho de pessoas com deficiência física em suas unidades organizacionais. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) mantém em seus concursos públicos, desde 2001, percentual de vagas destinadas às pessoas com deficiência. Respeitando o quantitativo definido pela legislação nacional, o TJPE possui atualmente, em seu quadro funcional, 179 servidores concursados portadores de deficiência física, trabalhando em diferentes setores e distribuídos em todo o estado; sendo 49 deles, deficientes visuais. A falta de adaptação dos serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aos servidores com deficiência visual, pode levar a um desestímulo ao uso, impedindo que a pessoa exerça toda sua potencialidade laboral e não pratique sua autonomia. Sendo assim, e dentro desse contexto, o objetivo do presente trabalho foi elaborar um desenho estatístico usando o teste “U” de Mann-Whitney e a análise de conteúdo de Bardin, com a finalidade de avaliar a acessibilidade digital dos servidores deficientes visuais do TJPE. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de questionário na Plataforma Google Forms, para a população de 49 pessoas com diferentes níveis de deficiência visuais. Os resultados obtidos mostraram que, embora o tema acessibilidade digital esteja nos sistemas documentais do TJPE, é preciso estabelecer acompanhamento periódico nas TIC’s para a inclusão dos deficientes visuais, considerando a individualidade e o potencial de cada pessoa, visando obter sempre a excelência laboral