SOLIDÃO TEM COR? Uma análise sobre a afetividade das mulheres negras
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2018v7n2p9-20Palavras-chave:
Solidão, Afetividade, Racismo, Preterimento afetivo.Resumo
No Brasil Colônia, o direito de propriedade do senhor também se estendia ao corpo de suas escravas. A moralidade da época não permitia ao senhor realizar seus desejos sexuais com sua sinhá, então ele elegia a negra para praticar a luxúria e fornicação. Também na literatura, a negra foi relegada a personagens anti-heróicos, raramente eram protagonistas e quando eram, frequentemente estavam representadas por personagens quentes, exibicionistas, moralmente depravadas, corpulentas e voluptuosas. A vigência destes estereótipos racistas criaram no imaginário coletivo uma negra voluptuosa e fogosa, que inspira pouca confiança e que, portanto, não serve para constituir o matrimônio, pois não seriam fiéis e por estarem fora dos padrões de beleza que são determinados pela branquitude. O presente trabalho visa analisar a afetividade das mulheres negras. Consideramos que o racismo institucionalizado opera nas escolhas afetivas. A opção por esse objeto de estudo está baseada em observações e reivindicações do feminismo negro em torno da temática. Concluímos que para reverter estas desigualdades são necessários esforços conjuntos. Políticas afirmativas, uma educação mais libertadora que busque um resgate da ancestralidade negra através da história, em direção ao resgate da autoestima e consciência racial.Downloads
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Publicado
2018-10-17
Como Citar
Oliveira, I. de M., & Santos, N. C. S. (2018). SOLIDÃO TEM COR? Uma análise sobre a afetividade das mulheres negras. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 7(2), 9–20. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2018v7n2p9-20
Edição
Seção
Artigos