DA NEGRITUDE AO BRANQUEAMENTO: COMO A MÍDIA GERA E MANTÉM FORMAS DE APAGAMENTO DE UMA RAÇA
Resumo
Compreender a arte como mecanismo de resistência e reexistência requer analisar a forma como cada grupo social avalia sua representação por meio desta. Se tratando de grupos tidos como minorias (não no sentido quantitativo, mas no tocante das predileções estruturalmente instauradas), a maneira como a arte é percebida e a valoração atribuída são indicativos para carências de modificações sociais. No caso da negritude, sendo os estereótipos marcas transgeracionalmente perpetuadas e entendendo as produções midiáticas como produção de arte, chega-se ao binarismo da possibilidade de auto representação e identificação dos afrodescentes com o que está sendo exposto e o fortalecimento de imagens estereotipadas e que invisibilizam suas singularidades e a trajetória de sua raça. Para essa compreensão, foi realizada pesquisa bibliográfica sistemática e fundamentou-se também nos resultados parciais encontrados na pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), que está em andamento, cujo tema versa sobre a Estética Afro-diaspórica, fazendo análise da auto representação dos negros nas artes visuais contemporâneas no Brasil. Com os resultados da pesquisa, percebe-se que mesmo havendo aumento da participação de negros e pardos na mídia de massa e em outros meios artísticos, os espaços ocupados são os mais desprivilegiados e que não possuem destaque (ex.: figurantes e escadas), apontando para a distância que ainda há até a Democracia Racial Brasileira. Outrossim, alternativas que promovam a aproximação da branquitude (beneficiada pela manutenção das estruturas racistas) da luta travada pela negritude são alternativas para a afetação rumo à mudança.
Descritores: negritude; estereótipos; mídia brasileira; branquitude; racismo.
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