DO CONCEITO À PRÁTICA: A ASSOCIAÇÃO LIVRE COMO REGRA FUNDAMENTAL DA CLÍNICA DE REFERENCIAL PSICANALÍTICO

Auteurs-es

  • Gabriela Costa Moura Centro Universitário Tiradentes
  • Marianna Lima de Rolemberg Figueiredo CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES

Mots-clés :

Associação livre, Prática clínica, Psicanálise

Résumé

O presente artigo tem como objetivo analisar o conceito de associação livre elaborado por Freud a partir do texto “O Método Psicanalítico de Freud” publicado em 1904, aplicado à experiência da prática de estágio em andamento em psicologia clínica exercida no Centro Universitário Tiradentes – UNIT, tendo como referencial teórico a psicanálise. A verbalização da associação de ideias que surgem de forma espontânea à mente, denominada por Freud como associação livre, é considerada regra fundamental para qualquer processo psicanalítico, considerando sua evolução histórica na psicanálise, a partir da renúncia da hipnose e do método catártico. A teoria psicanalítica, tendo como exigência interna o alcance do inconsciente, encontrou na associação livre uma aplicação sistemática, estabelecendo uma das maneiras que o analisando deveria se comunicar no processo analítico. A associação livre como estratégia técnica abordada por Freud contemplou sua construção teórica sobre as formações inconscientes e suas leis de funcionamento, a partir do trabalho de investigação do próprio sujeito e de escuta da própria fala. A discussão conceitual correlacionada à prática clínica abrange dimensões técnicas e teóricas da profissão, evidenciando a realidade do psicólogo na clínica contemporânea. A partir de fragmentos de um caso clínico da experiência de estágio, identifica-se a importância da ampliação do conhecimento do conceito de associação livre para eficácia da prática clínica. Para tanto, a proposta do presente trabalho baseia-se na análise do conceito de associação livre, enquanto técnica, e a sua importância como regra fundamental da prática de estágio em psicologia clínica.

Biographie de l'auteur-e

Gabriela Costa Moura, Centro Universitário Tiradentes

Psicologia , Psicanálise.

Références

BIRMAN, J. O Sujeito no Discurso Freudiano: a crítica da representação e o critério da diferença. In: BIRMAN, J. Estilo e Modernidade em Psicanálise. São Paulo: Editora 34, 1997, p. 15-42.

FRANCA, G. F.; QUEIROZ, E. F. Reflexões sobre um caso de síndrome de pânico enfocando os acontecimentos de corpo. Revista Mal-estar e Subjetividade, Fortaleza, v. X, n. 2, p. 557-584, 2010.

FREUD, S. O método psicanalítico de Freud (1904 [1903]). In: FREUD, S. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud.Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. VII, p.233-240.

FREUD, S. Sobre a psicoterapia (1905 [1904]). In: FREUD, S. Edição Standard

brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud.Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. VII, p.241-254.

FREUD, S. A dinâmica da transferência (1912). Artigos sobre técnica (1911-1915 [1914]). In: FREUD, S. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. XII, p.129-143.

FREUD, S. Sobre o início do tratamento (Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise I) (1913). Artigos sobre técnica (1911-1915 [1914]). In: FREUD, S. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 1996. v. XII, p. 136-158.

GARCIA-ROZA, L. A. A Pré-História da Psicanálise – I. In: GARCIA-ROZA, L. A. Freud e o inconsciente. 24 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009, p. 25-40.

JORGE, J. D. A Construção da Associação Livre na Obra de Freud. 2007. 131 f. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Belo Horizonte. 2007.

MENNINGER, K. A.; HOLZMAN, P. S. Introdução e Recapitulação Histórica. In: MENNINGER, K. A.; HOLZMAN, P. S. Teoria da Técnica Psicanalítica. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979, p. 17-27.

MOURANO, D. As Condições Preliminares de uma Psicanálise. In: MOURANO, D. Para que Serve a Psicanálise?. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2010, p. 36-48.

QUINET, A. As funções das entrevistas preliminares. In: QUINET, A. As 4 + 1 condições da análise. Rio de Janeiro: Zahar, 1991, p. 7-34.

ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de Psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

ZIMERMAN, D. E. O que mudou nas “regras técnicas” legadas por Freud?. In: ZIMERMAN, D. E. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnica e clínica – uma abordagem didática. Porto Alegre: Artmed, 1999, p. 291-299.

Téléchargements

Publié-e

2015-05-28

Comment citer

Moura, G. C., & Figueiredo, M. L. de R. (2015). DO CONCEITO À PRÁTICA: A ASSOCIAÇÃO LIVRE COMO REGRA FUNDAMENTAL DA CLÍNICA DE REFERENCIAL PSICANALÍTICO. Caderno De Graduação - Ciências Humanas E Sociais - UNIT - ALAGOAS, 2(3), 157–172. Consulté à l’adresse https://periodicos.set.edu.br/fitshumanas/article/view/2036

Numéro

Rubrique

Artigos