Perfil clínico-epidemiológico de crianças portadoras de cardiopatias congênitas submetidas à correção cirúrgica em serviço de referência no Estado de Alagoas
Palabras clave:
Cardiopatias congênitas, epidemiologia, Alagoas.Resumen
As cardiopatias congênitas são malformações anatômicas que podem comprometer tanto a sobrevivência como a qualidade de vida do paciente. Atualmente, estão entre as principais causas de morbimortalidade neonatal com prevalência crescente na população. O objetivo deste estudo foi caracterizar o perfil clínico e epidemiológico das crianças portadoras de cardiopatias congênitas atendidas em um hospital de referência no estado de Alagoas, Brasil, durante o período de agosto de 2015 a dezembro de 2016. Para tanto, foi realizado um estudo transversal, utilizando dados dos registros de prontuários de crianças de 0 a 11 anos de idade. Observou-se que aproximadamente 94% das cardiopatias congênitas eram acianóticas, sendo as mais frequentes a persistência de canal arterial (33,7%), a comunicação interventricular (28,7%), e a comunicação interatrial (20%). Entre as cianóticas destacaram-se a tetralogia de Fallot (3,7%) e a atresia pulmonar com comunicação interventricular (2,5%). A associação com a síndrome de Down foi encontrada em 12,5% dos casos, a qual na maioria das vezes esteve associada à persistência do canal arterial e a comunicação interventricular. Para conclusões mais acuradas, são, no entanto, necessários outros trabalhos semelhantes, abrangendo amostras maiores e mais diversificadas, incluindo adolescentes e adultos com cardiopatia congênita.Descargas
Citas
ALLEN, H.D.; DRISCOLL, D.J.; SHADDY, R.E. Moss and Adams’ heart disease: in infants, children, and adolescents: including the fetus and young adult. 7. ed. Philadelphia: Lippincort, Williams & Wilkins; 2008.
AMARAL, F. et al. Quando suspeitar de cardiopatia congênita no recém-nascido. Revista Medicina, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 192-197, set. 2002. Disponível em: < http://revista.fmrp.usp.br/2002/vol35n2/quando_suspeitar_cardiopatia_congenita.pdf>. Acesso em: 10 fev. 2016.
AMARAL, F. et al. Cardiopatia congênita no adulto: perfil clínico ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Arq Bras Cardiol, São Paulo, v. 94, n. 6, p. 707-713, mai. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/abc/v94n6/aop04510.pdf>. Acesso em: 30 jan. 2016.
AMORIM, L. F. P. Prevalência das cardiopatias congênitas diagnosticadas ao nascimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. 2007. 100 f. Dissertação (Mestrado em Medicina) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.
ARAÚJO, J.S.S. et al. Cardiopatia congênita no nordeste brasileiro: 10 anos consecutivos registrados no estado da Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de Cardiologia, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 509-15, fev. 2014.
ARAGÃO et al. O Perfil Epidemiológico dos Pacientes com Cardiopatias Congênitas Submetidos à Cirurgia no Hospital do Coração. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, João Pessoa, v. 17, n. 3, p. 263-268, 2013. Disponível em: < http://periodicos.ufpb.br/index.php/rbcs/article/viewFile/13221/9808>. Acesso em: 30 jan. 2016.
BASTOS, L.F. et al. Clinical and epidemiological profile of children with congenital heart disease submitted to cardiac surgery. Journal of Nursing, Recife, v. 7, n. 8, p. 5298-5304, jul. 2013. Disponível em: < https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/about/contact>. Acesso em: 20 fev. 2016.
BELO, W.A.; OSELAME, G.B.; NEVES, E.B. Perfil clínico-hospitalar de crianças com cardiopatia congênita. Cadernos Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 24, n. 2, p. 216-220, Jun. 2016. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-462X2016000200216&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 30 jan. 2016.
BORN, D. Cardiopatia congênita. In: TEDOLDI, C.L.; FREIRE, C.M.V.; BUB, T.F. (Ed.). Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia para Gravidez na Mulher Portadora de Cardiopatia. São Paulo: Arq Bras Cardiol. v. 93, n. 6, 2009. cap. 8, p. e130-e132.
GUITTI, J.C.S. Aspectos epidemiológicos das cardiopatias congênitas em
Londrina, Paraná. Arq Bras Cardiol, São Paulo, v. 74, n. 5, p. 395-399, 2000.
HUBER, J. et al. Cardiopatias congênitas em um serviço de referência: evolução clínica e doenças associadas. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v. 94, n. 3, p. 333-338, 2010.
JENKINS, K.J. et al. Noninherited risk factors and congenital cardiovascular defects: current knowledge: a scientific statement from the American Heart Association Council on Cardiovascular Disease in the Young. Circulation. Waltham, MA; v. 115, n. 23, p. 2995–3014, jun. 2007.
KOBINGER, M. Avaliação do sopro cardíaco na infância. J Pediatr. Rio de Janeiro, v. 79, n. 1, p. S87-96, 2003.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sistema de informação sobre mortalidade. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/evita10uf.def >. Acesso em: 30 jan. 2016.
MIYAGUE, N.I. et al. Estudo Epidemiológico de Cardiopatias Congênitas na Infância e Adolescência. Análise em 4.538 Casos. Arq Bras Cardiol, São Paulo, v. 80, n. 3, p. 269-73, 2003.
ROSA, R.C. Malformações Detectadas pelo Ultrassom Abdominal em Crianças com Cardiopatia Congênita. Arq Bras Cardiol, São Paulo, v. 99, n. 6, p. 1092-1099, dez. 2012.
SILVA, M.A. Estudo das características clínicas e epidemiológicas de recém-nascidos com cardiopatia congênita em uma maternidade pública da cidade de Salvador (Bahia, Brasil), nos anos de 2012 e 2013. 2014, 54 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia. 2014.
ZIELINSKY, P. Malformações cardíacas fetais. Diagnóstico e conduta. Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v. 69, n. 3, p. 209-218, set. 1997.