O cotidiano das mulheres de Maruim: retratado nos relatos de cartas de Adolphine Schramm

Autores

  • Rosana Menezes Santos

Palavras-chave:

Cotidiano. Gênero. Mulheres. Sergipe.

Resumo

Este artigo objetiva analisar o cotidiano de mulheres residentes na cidade de Maruim entre os anos de 1858 a 1863, buscando contribuir para as discussões no campo do gênero. A mulher ao longo da história é vista como um personagem submisso que juntamente com os filhos são considerados um objeto. Relatar o papel da mulher na sociedade oitocentista numa sociedade machista em que os valores são estipulados e ditados como regras, descrever a sociedade de Maruim no século XIX analisando o processo histórico na História Social e da Mulher considerada como menor importância no entendimento da natureza das sociedades, usando como suporte de pesquisa as correspondências de Adolphine Schramm a representação do papel no qual está inserida, buscaremos descrever o seu dia-a-dia e como as famílias diferentes tratavam as mulheres. Assim estudar a historiografia voltada para a questão de gênero vem suscitar qual o real papel dessas mulheres, outro fator importante na pesquisa é a caracterização dos tipos de famílias existentes no século XIX. O referencial teórico está fundamentado no livro Cartas de Maruim traduzido por José Edgar da Mota Freitas. O conceito de família está pautado nos estudos realizados por Eni de Mesquita Samara que trata da temática no período imperial, na qual a autora apresenta uma estrutura genérica de família além da predominância de mulheres como chefe de família, desconstruindo o papel da mulher descrito por Mary Del Priore que afirma que a mulher não possuía nenhuma autoridade e que a função da mulher era obedecer ao chefe de família. Michel de Certeau trata sobre o cotidiano da sociedade maruinense e Bourdieu que aborda o poder simbólico, o qual só pode ser exercido com a cumplicidade daqueles que não querem saber que lhe estão sujeitos ou mesmo que o exercem. Poder que permite obter o equivalente daquilo que é obtido pela força (física ou econômica), só se exerce se for reconhecido como arbitrário. A metodologia que melhor se adequa ao objeto de estudo é a bibliográfica e foi elaborada a partir de leituras de textos que abarcam o assunto e da análise minuciosa das fontes, os conceitos fundamentados ao longo do texto serão imprescindíveis para a compreensão do que foi proposto.

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Biografia do Autor

Rosana Menezes Santos

Graduada em História pela Universidade Tiradentes, em 2009.

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Publicado

2015-03-25

Como Citar

Santos, R. M. (2015). O cotidiano das mulheres de Maruim: retratado nos relatos de cartas de Adolphine Schramm. Caderno De Graduação - Ciências Humanas E Sociais - UNIT - SERGIPE, 2(3), 13–24. Recuperado de https://periodicos.set.edu.br/cadernohumanas/article/view/2018

Edição

Seção

Artigos