CARACTERÍSTICA FARMACOLÓGICA DA METFORMINA NO TRATAMENTO DA DIABETES GESTACIONAL
Resum
O presente estudo teve como objetivo analisar a produção científica sobre os aspectos farmacológicos da metformina e seus riscos/benefícios no tratamento da Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) comparados à insulinoterapia. Foi realizada busca e seleção de artigos científicos nas plataformas Scielo, Pubmed e Lilacs; utilizando os descritores: diabetes gestacional, farmacologia, tratamento farmacológico, metformina, insulina e insulinoterapia. A inclusão se deu pelos critérios: livre acesso por completo na base de dados, tratar sobre diabetes gestacional e a terapia medicamentosa com metformina e/ou insulina. Excluídos aqueles que não atenderam o tema e perspectiva desse estudo. Foram selecionados 32 artigos, onde observou-se que a insulina, por possuir menor passagem transplacentária, é ainda o fármaco de primeira escolha no tratamento da DMG, porém, a necessidade de várias doses diárias, dificuldade na autoadministração, estresse decorrentes do uso e ganho de peso dificultam a adesão. Contudo, o uso da metformina durante o primeiro trimestre de gestação, quando utilizada previamente em ovários policísticos, não apontou efeitos teratogênicos e demonstrou como benefícios a diminuição de partos prematuros e de cesarianas, diminuição da obesidade materna e menos casos de macrossomia, icterícia e hipoglicemia neonatal. Não foram encontrados diferenças entre metformina e insulina para o risco de pré-eclâmpsia. A metformina se apresenta como opção farmacológica de perfil semelhante à insulina no controle glicêmico. Porém, por atravessar a barreira placentária e ter menor evidência quanto a segurança a curto e longo prazo, ainda há a necessidade de mais estudos farmacológicos e toxicológicos para melhor compreensão do emprego da metformina em pacientes gestantes.
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