Descarte Consciente de Medicamentos : Uma Responsabilidade Compartilhada
Resumo
O objetivo deste artigo é refletir a luz da literatura sobre o descarte de medicamentos
como uma discussão sobre a visão da saúde pública. Foi realizado um levantamento
bibliográfico, utilizando a biblioteca da FACIPE e sítios como Bireme, Pubmed, Lilacs
e Scielo, no período de fevereiro a maio de 2015. O uso de medicamentos é essencial
para a manutenção da saúde da população, sendo o gerenciamento inadequado de
medicamentos uma das discussões mais atuais, relacionada ao seu descarte e impacto
ambiental decorrente da contaminação do meio ambiente. A geração de resíduos pelas
diversas atividades de ordem antropogênica são recentemente um grande desafio a ser
enfrentado pelas administrações municipais, sobretudo nos grandes centros urbanos.
Os resíduos de medicamentos encontram-se no Grupo B, segundo o CONAMA, o qual
engloba os resíduos químicos, caracterizados pela presença de substâncias químicas.
Dentro desta classe encontram-se os produtos farmacêuticos e os quimioterápicos. A
presença de fármacos tem sido detectada em águas superficiais, subterrâneas, água para
consumo humano, e em solos, provenientes do descarte inadequado. Uma maior conscientização
quanto à deterioração do meio ambiente e à necessidade de se reverter ou,
ao menos, minimizar esse processo relacionado aos fármacos é uma responsabilidade
que deve ser partilhada por todos: geradores de resíduos de serviços de saúde, serviços
relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, drogarias e farmácias de
manipulação, distribuidores de produtos farmacêuticos e a população.