A AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE E A CONSEQUÊNCIA SOBRE A VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM DOCENTES

Autores

  • Ana Carolina do Nascimento Calles Centro Universitário Tiradentes
  • Joyce Annenberg Araújo dos Santos Centro Universitário Tiradentes;

Palavras-chave:

Estresse Ocupacional, Frequência Cardíaca, Doenças Cardiovasculares, Docentes Universitários.

Resumo

Introdução: O estresse é definido como um evento psicofisiológico desencadeado por uma exposição frequente a qualquer agente agressor, conduzindo o sujeito a um estado de alta tensão com o intuito de manter o equilíbrio fisiológico. Sendo assim, como o organismo tende a buscar sempre o equilíbrio, a consequência de qualquer disfunção emocional passa a ser observada, sobretudo na variabilidade da frequência cardíaca, correspondendo às oscilações do batimento cardíaco. Por esse motivo, é importante mencionar que quando o estresse não é identificado e tratado no inicio, além de não haver o acompanhamento de especialistas, seus efeitos podem ocasionar sérios danos à saúde. Estudos comprovam que a relação do estresse com a variabilidade da frequência cardíaca causa disfunções em todo o organismo, contribuindo, principalmente, com o surgimento de doenças cardiovasculares. Observa-se que essas patologias se manifestam geralmente em docentes, tendo em vista o nível de exigência da profissão e o excesso de atividades e deveres para cumprir, razão pela qual vivem quase sempre em estado de tensão e ansiedade. Nesse contexto, a consequência é justamente a variabilidade da frequência cardíaca do docente. Objetivo: Investigar os principais fatores desencadeadores do estresse ocupacional em docentes universitários e analisar as consequências sobre a variabilidade da frequência cardíaca. Metodologia: Revisão bibliográfica, com as bases de dados: Scielo, Lilacs e Medline publicados entre 2000 e 2016, utilizando os descritores: estresse ocupacional, frequência cardíaca e doenças cardiovasculares. Foram utilizados como fonte de pesquisa, dissertações, monografias, artigos científicos e revistas que tiveram seus principais argumentos analisados ao longo do presente artigo. Resultados e discussão: Ao estudar a literatura, foi possível notar que os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do estresse no ambiente de trabalho é a exigência física e psíquica, o excesso de cobrança, o excesso de atividades que se levam para casa e a falta de tempo para executar determinadas tarefas. Além disto, foram mencionados outros fatores como os turnos variáveis, as longas jornadas de trabalho, as horas extras, o ritmo excessivamente acelerado e a responsabilidade com os alunos e com a instituição. Quanto as principais consequências na variabilidade da frequência cardíaca, destacam-se a taquicardia, a arritmia ventricular, o aumento no débito cárdico, o aumento na frequência cardíaca, o aumento na contratilidade e da pressão arterial. Conclusão: Como não se podem evitar tais problemas e nem resolvê-los, a melhor maneira para conduzir uma vida saudável e sem maiores problemas é saber lidar com os conflitos diários motivados pelo ambiente de trabalho. Para tanto, é recomendado à prática de atividades físicas, como a ginástica laboral, que ajuda a aliviar a exaustão física e psicológica desses docentes, além de diminuir a tensão e ansiedade causada pelo estresse ocupacional.

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Biografia do Autor

Ana Carolina do Nascimento Calles, Centro Universitário Tiradentes

Docente do Centro Universitário Tiradentes;

Especialista em Fisioterapia Respiratória e em Terapia Intensiva pela ASSOBRAFIR;

Mestre em Nutrição pela UFAL;

Doutoranda em Biotecnologia/RENORBIO pela UFAL.

Joyce Annenberg Araújo dos Santos, Centro Universitário Tiradentes;

Graduanda em Fisioterapia pelo Centro Universitário Tiradentes;

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Publicado

2017-01-03

Como Citar

do Nascimento Calles, A. C., & Annenberg Araújo dos Santos, J. (2017). A AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE E A CONSEQUÊNCIA SOBRE A VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM DOCENTES. Caderno De Graduação - Ciências Biológicas E Da Saúde - UNIT - ALAGOAS, 3(3), 215. Recuperado de https://periodicos.set.edu.br/fitsbiosaude/article/view/3544

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Artigos