A LÍNGUA DE SINAIS EM MUSEUS: ACESSIBILIDADE ATRAVÉS DE GUIAS MULTIMÍDIAS

Autores

  • Alessandra Teles Sirvinskas Ferreira Universidade Federal Fluminense - UFF http://orcid.org/0000-0002-2347-815X
  • Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ
  • Lucianne Fragel Madeira Universidade Federal Fluminense - UFF

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2021v9n1p8-23

Palavras-chave:

surdez, tecnologia, acessibilidade.

Resumo

A promoção da acessibilidade para o surdo utilizando legendas em português nem sempre resolve a questão do acesso. Muitos surdos tem dificuldades de compreensão do português escrito e/ou falado, por isso mesmo, utilizam a língua de sinais como meio de comunicação e expressão. Uma medida financeiramente viável encontrada por alguns museus foi o de usar a tradução audiovisual acessível da língua de sinais. O objetivo deste artigo foi divulgar as estratégias de mediação para surdos que são utilizadas pelos centros de ciências e/ou museus bem como propor as diretrizes para a produção de vídeo guia acessível em língua de sinais a fim de auxiliar na elaboração de um material acessível de qualidade. Para isso, foi feito um levantamento bibliográfico, visitas a museus, entrevistas e análise de vídeos guias disponíveis em museus ao redor do mundo. Como resultado foram encontrados modelos de guias audiovisuais em museus do Rio de Janeiro, dos Estados Unidos e da Europa. Os modelos que utilizam a filmagem com chroma key são os mais apropriados, os vídeos devem ter legendas, as imagens são opcionais podendo ser inseridas ao lado do intérprete ou intercalando a imagem e o intérprete. Como estratégia de tradução deve se optar por realizar a datilologia das palavras/termos menos conhecidos seguido do sinal e/ou classificador especificador. Concluímos que esse modelo é financeiramente viável, em especial para centros de ciências e museus universitários que, por vezes, carecem de verba para a manutenção de suas exposições e atrações.

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Biografia do Autor

Alessandra Teles Sirvinskas Ferreira, Universidade Federal Fluminense - UFF

Doutoranda em Ciências, Tecnologias e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense - PGCTIn/UFF. Mestra em Diversidade e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense - CMPDI/UFF - (2017). Possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2008), Especialização em Orientação Educacional e Pedagógica (2011) e Especialização em Educação Especial e Inclusiva (2016), ambas pelo Instituto A Vez do Mestre. Atualmente é professora regente do Ensino Básico Técnico e Tecnológico do INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos. Já atuou como professora docente I - Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro e professora I - educação física - Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de surdos, educação e trabalho, educação física, natação, circo e navegação.

Gustavo Henrique Varela Saturnino Alves, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ

Pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em
Ciências, Tecnologias e Inclusão, Universidade Federal
Fluminense – UFF; Professor no curso de especialização
em Educação e Divulgação Científica, Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – IFRJ.

Lucianne Fragel Madeira, Universidade Federal Fluminense - UFF

A pesquisadora possui graduação em Ciências Biológicas - Modalidade Médica (1996-2000) e doutorado em Ciências - Biofísica (2000-2004) ambos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e realizou seu pós-doutoramento no Instituto de Biofísica da UFRJ de 2004 a 2009. Atualmente, é professora Associada do Departamento de Neurobiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisadora chefe do Lab. Desenvolvimento e Regeneração Neural e membro das Pós-graduações stricto sensu em Neurociências e Ciências e Biotecnologia desta instituição. Tem experiência na área de Biologia Celular, com ênfase em Neurobiologia e sinalização celular. Sua principal linha de pesquisa consiste no estudo do desenvolvimento do sistema nervoso em diferentes modelos celulares como linhagens tumorais e células progenitoras neurais, bem como estudos pré-clínicos de retinopatias. Atua também em divulgação e popularização científica, bem como na formação continuada e sensibilização para a inclusão educacional. A pesquisadora é fundadora e diretora do programa de extensão Ciências Sob Tendas da UFF. Também é membro do Comitê Científico do INCT de Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia. Ademais, possui linha de pesquisa associada à divulgação científica e ensino de ciências tendo, nos últimos anos, orientado teses de doutorado, dissertações de mestrado e monografias de graduação relacionadas com a temática.

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Publicado

2021-03-26

Como Citar

Ferreira, A. T. S., Varela Saturnino Alves, G. H. ., & Madeira, L. F. (2021). A LÍNGUA DE SINAIS EM MUSEUS: ACESSIBILIDADE ATRAVÉS DE GUIAS MULTIMÍDIAS. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 9(1), 8–23. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2021v9n1p8-23

Edição

Seção

NÚMERO TEMÁTICO – DEFICIÊNCIA, ACESSIBILIDADE E DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA