A ONOMATOPÉIA DO HOMEM-URUBU: O TRABALHO COM COLETA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

Autores

  • Mariana Boulitreau Siqueira Campos Barros Universidade Federal de Pernambuco
  • Naiara Raissa Souza Santos Prefeitura da Cidade do Recife
  • Anselmo Cesar Vasconcelos Bezerra Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)
  • Débora Morgana Soares Oliveira do Ó Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico de Vitória
  • Sandro Ramos Batista Tribunal de Justiça de Pernambuco
  • Magaly Bushatsky Universidade de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.17564/2316-3801.2017v6n1p113-122

Palavras-chave:

catadores, uso de resíduos sólidos, trabalho

Resumo

Este estudo tem por objetivos compreender a rotina de trabalho dos catadores de resíduos recicláveis na comunidade de Beira da Maré em Recife-PE, assim como conhecer suas percepções em relação aos direitos e deveres do trabalhador. Tratou-se de um estudo interpretativo, de natureza qualitativa com catadores de resíduos adscritos em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Recife, Pernambuco. Optou-se pela técnica de análise de conteúdo segundo Bardin (1979).  O estudo foi analisado por quatro eixos norteadores: TRABALHO EM COLETA DE RESÍDUOS: UMA DETERMINAÇÃO SOCIAL?: Estes trabalhadores acumulam um histórico de força de trabalho frágil e vulnerável e possuem algum outro meio de sustento. ARTIFÍCIOS DE SOBREVIVÊNCIA: O PROCESSO DE TRABALHO DOS CATADORES DE RESÍDUOS: Observou-se uma “disputa” pelo material coletado onde não havia uma movimentação de cooperação, ou intencionalidade de formação de associações ou de mobilidade social. SIGNIFICADOS DO “HOMEM-URUBU”: DIREITOS E DEVERES DO TRABALHADOR: os entrevistados explanam a importância que representam no cenário em que os cercam, contudo, colocam-se sem direitos e desconhecem deveres. LIVRE EXPRESSÃO: observou-se o reconhecimento de um trabalho de risco e da sobrecarregada carga de trabalho. Os profissionais da Beira da Maré reconhecem, mesmo indiretamente, que não gozam de nenhum amparo referente aos direitos sociais. As esfinges nas articulações no processo de trabalho retratam uma relação frágil e a necessidades de implantação de políticas com fins de reconhecimento social assim como intervenções que fortaleçam a formação de uma rede de cooperação e de condições laborais seguras.

Palavras-chave: catadores, uso de resíduos sólidos, trabalho

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Biografia do Autor

Mariana Boulitreau Siqueira Campos Barros, Universidade Federal de Pernambuco

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (2008), especialização em Gestão em Saúde Pública pela Universidade de Pernambuco (2010), Residência Multiprofissional em Saúde da Família(2012) pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Mestrado em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação Integrado em Saúde Coletiva na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atua como Professora Assistente em Saúde Coletiva da UFPE/CAV assim como assistente de pesquisa do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento "Rede de Núcleos de Telessaúde - RedeNUTES fase V

Naiara Raissa Souza Santos, Prefeitura da Cidade do Recife

Graduação em Bacharelado em Odontologia pela Universidade de Pernambuco (2009), Residência Multiprofissional em Saúde da Família(2012) pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) , Especialização em Saúde da Família pela Universidade Federal do Maranhão- Universidade Federal de Pernambuco (UFMA/UFPE). Atualmente é Cirurgiã-Dentista da Prefeitura da Cidade do Recife - vínculo estatutário.

Anselmo Cesar Vasconcelos Bezerra, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE)

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) nos cursos de Gestão Ambiental e Licenciatura em Geografia. Atualmente desenvolve estudos sobre as relações entre saúde, ambiente e território. Orienta trabalhos de Iniciação Científica e TCCs. É membro dos grupos de pesquisa: Gestão socioambiental dos Ecossistemas Nordestinos e Geografia para a Promoção da Saúde. Tem interesse nas áreas: Geografia da Saúde, Políticas Públicas, Conflitos Socioambientais e Vigilância em Saúde Ambiental.

Débora Morgana Soares Oliveira do Ó, Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico de Vitória

Enfermeiranda do curso de Bacharelado em Enfermagem pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE - Campus Vitória).

Sandro Ramos Batista, Tribunal de Justiça de Pernambuco

Bacharel em Direito e Licenciado em Letras.

Magaly Bushatsky, Universidade de Pernambuco

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade de Pernambuco (1986), Mestrado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (2005) e doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente pela Universidade Federal de Pernambuco (2010). É professor da Faculdade de enfermagem Nossa Senhora das Graças e enfermeira do Hospital Oswaldo Cruz da Universidade de Pernambuco atuando como coordenador do Programa de Residencia de Enfermagem HUOC/FENSG-UPE, Coordenador Comite de Etica em Pesquisa HUOC/PROCAPE-UPE. Professor do mestrado de Perícias Forense-FOP/UPE.Faz parte da Escola Superior de Ética médica e compõe Camara Tecnica de bioética do CREMEPE.

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Publicado

2017-07-03

Como Citar

Barros, M. B. S. C., Souza Santos, N. R., Vasconcelos Bezerra, A. C., Oliveira do Ó, D. M. S., Batista, S. R., & Bushatsky, M. (2017). A ONOMATOPÉIA DO HOMEM-URUBU: O TRABALHO COM COLETA DE MATERIAIS RECICLÁVEIS. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 6(1), 113–122. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2017v6n1p113-122

Edição

Seção

Artigos