Questões pós-estruturalistas sobre referências culturais
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2016v5n1p59-70Palavras-chave:
Referências culturais, estudos culturais, Mapeamentos culturaisResumo
Este artigo surge de reflexões fomentadas pela experiência de pesquisa no Projeto de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial em Alagoas. Tal projeto partiu de recomendações metodológicas do Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC – que consiste em identificar, documentar e registrar bens culturais, de natureza imaterial, para atender a demanda pelo reconhecimento de bens representativos da diversidade e pluralidade culturais de grupos formadores da sociedade brasileira além de apreender os sentidos e valores atribuídos ao patrimônio cultural pelos moradores da região inventariada. O projeto, fruto de um convênio entre o IPHAN e a Secretaria de Cultura do Estado de Alagoas, foi desenvolvido por três grupos de pesquisa da Universidade Federal de Alagoas entre 2015 e 2016. Para além do inventário propriamente dito, produzido como cartografia das referências culturais do estado como um todo, a pesquisa permitiu discutir uma série de questões teórico-metodológicas que atravessam a própria ideia de tal projeto, bem como as interpelações que surgiram a partir da imersão de um dos grupos de trabalho – o Grupo de Pesquisa Nordestanças – nas territorializações dos sertões alagoanos. Parte destas questões e discussões trazidas à tona sob o olhar pós-estruturalista são o foco deste trabalho.