Avatares cinematográficos peregrinam entre a cidade e a roça: Kidwood, Zé Kinoscópio e Ana Cinésia em peleja furiosa.
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2016v4n3p43-58Palavras-chave:
Cinema, Identidade, Território, Dominação, Feminino.Resumo
Propomos refletir sobre o contraste entre territórios caracterizados pelos arquétipos da cidade moderna, da sociedade cosmopolita, da urbanidade e civilidade e pelos arquétipos do sertão, da comunidade, da roça, da vila. Assume-se nessa comunicação que esses arquétipos expressam determinações simbólicas de dominação e negociação entre si. Essas determinações podem se expressar através de escopos, conjuntos discursivos da narração cinematográfica, caracterizados por certas determinações: centro/periferia, primeiro mundo/terceiro mundo; local/global. Respondendo ao jogo discursivo que se pretende efetuar aqui, esses territórios serão inscritos por três avatares, alegorias ou sujeitos discursivos cinematográficos que interpretam, cada qual, o escopo discursivo de si e de seus outros buscando instituir uma peleja: Kidwood, o macho ibero-americano, Zé Kinoscópio, o intelectual revolucionário da periferia e Ana Cinésia, a andeja feminista dos não-lugares.