O patrimônio cultural e currículo: os sentidos de juventudes em questão
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2015v3n2p19-30Palavras-chave:
Patrimônio Cultural, Currículo, Juventudes, Teoria do DiscursoResumo
Este artigo apresenta parte dos resultados da uma dissertação de mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade, especialmente no ponto em que se aproximaram os campos do Patrimônio Cultural e da Educação de forma interdisciplinar a partir das Teorias do Discurso. A empiria analisada foi o texto do Programa Nacional de Inclusão de jovens: educação, qualificação e ação comunitária, ProJovem, de 2006. Uma política que funciona como um disparador de “currículos” para os jovens brasileiros de baixa renda e excluídos do mercado de trabalho. Interessou na pesquisa saber quais os sentidos de juventudes apresentados nesse texto e o discurso, posto nessa textualidade, enquanto agenciamentos de sentidos politicamente situados. Ernesto Laclau foi o principal teórico que fundamentou a metodologia e possibilitou tomar o conceito de juventude como ‘significante vazio’, e perceber a forma como ele vai se construindo no contexto dessa política, em cadeias de equivalências em que concorrem para a conceituação hegemônica do termo. Na aproximação dos dois campos foi possível capturar as formas de vida dos jovens construídas dentro e fora da escola, como valorização de um patrimônio cultural juvenil e tomar o currículo escolar enquanto lócus de construção de sentidos sociais hegemônicos. O jovem de baixa renda, posto como vulnerável e pouco engajado pelo texto do programa, é convocado a integrar-se na sociedade por meio dos sentidos de trabalho e cidadania chancelados pelos conteúdos formais da escola.Downloads
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Publicado
2015-02-28
Como Citar
Venera, R. A., & Andrade, A. G. (2015). O patrimônio cultural e currículo: os sentidos de juventudes em questão. Interfaces Científicas - Humanas E Sociais, 3(2), 19–30. https://doi.org/10.17564/2316-3801.2015v3n2p19-30
Edição
Seção
Artigos