VIOLÊNCIA TRANSFÓBICA NA UNIVERSIDADE: LACUNAS NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
DOI:
https://doi.org/10.17564/2316-3801.2024v12n2p20-32Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar situações de violência transfóbica no contexto universitário de uma instituição localizada na região metropolitana de São Paulo, envolvendo acadêmicos transexuais e travestis cotistas. A fundamentação teórica está alojada no campo interdisciplina da Sociologia Crítica (SC), a partir da interface com os estudos sobre Políticas Públicas Educacionais (PPE). A metodologia é um estudo de caso, de abordagem qualitativa, considerando que as análises foram feitas a partir de entrevistas gravadas com três estudantes que ingressam no ensino superior por meio das cotas para pessoas trans. O tratamento científico dos dados se deu a partir das forças ideológicas que constituem o entorno dos dados coletados. A pesquisa revela que há um desamparo das PPE no que se refere ao acesso de pessoas trans no contexto acadêmico, existindo uma lacuna entre o princípio do acesso e o princípio da permanência na educação superior do país.