O COVID-19 E O DIVÓRCIO NO BRASIL: CONSIDERAÇÕES DO DIREITO E DA PSICOLOGIA
Resumo
Diante das alarmantes buscas por divórcios registradas desde o início da intensificação das medidas de confinamento, atingindo cerca de um percentual de 177% em procuras de escritórios especializados em Família e aproximadamente 9900% nas pesquisas do termo “divórcio online gratuito”, segundo levantamento do Google. O presente trabalho busca identificar as causas estimulantes para o rompimento conjugal em situação de isolamento social forçoso, em razão da pandemia do COVID-19. A pesquisa busca mensurar as faces do conflito familiar dentro de uma realidade que é atual e eminente. Á luz da psicologia, percebe-se que o problema aumenta quando a relação conjugal já apresenta uma estrutura frágil, capaz de se afetar facilmente diante dos fatores externos. A alteração na rotina familiar pode vir a desencadear momentos de estresse e abalo emocional na vida conjugal. Comumente, uma decisão de divórcio já costuma ser muito difícil, principalmente quando envolve filhos, e ainda, diante desse cenário gravoso da pandemia tende ser ainda mais doloroso. Diante disso, verifica-se que o calor dos ânimos, os estresses cotidianos, as expectativas não supridas no relacionamento conjugal podem ser motivos desagradáveis e muitas vezes, inaceitáveis, suscitando assim, em um pedido de divórcio. É concludente afirmar que o enfrentamento ao isolamento social na esfera conjugal pode ser um verdadeiro desafio para os casais. Visto que, com as fragilidades mais transparentes e manifestas as diferenças entre os parceiros, a dificuldade para gerenciar as emoções pode transparecer em desinteresse para se reinventar e ser empático, podendo contribuir para uma convivência difícil.
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