Dipterofauna associada a cadáver de porco doméstico sus scrofa domesticus (linnaeus, 1758) na cidade de itabaianinha, Estado de Sergipe
Palavras-chave:
dipterofauna cadavérica, dípteros cadavéricos, insetos necrófagosResumo
A entomologia forense consiste no método de utilizar insetos e outros Artrópodes para desvendar questões criminais, uma vez que, esses animais são os primeiros a chegar ao local e colonizar o corpo, onde predominará os insetos necrófagos. O objetivo nesta pesquisa é de verificar a eficácia da entomologia forense por meio da identificação e caracterização das principais espécies de Dípteros associados ao cadáver de porco domestico Sus scrofa domesticus L. no município de Itabaianinha (SE), bem como, associar através dos mesmos o período pós-morte do porco. O experimento foi realizado através da análise em um porco doméstico com aproximadamente três meses de nascido, sacrificado por deslocamento cervical e exposto às condições ambientais e colocado em um local cercado para evitar a entrada de animais indesejados. Durante todo o processo de observação foram feitas diariamente anotações, filmagens, fotografias e coletas para obtenção de dados estatísticos. Os ovos e larvas foram coletados diretamente da isca e colocados em placas de petri, alguns com água destilada e outros com carne, as pupas foram capturadas do solo e colocadas em placas de petri para a eclosão dos adultos e os dípteros adultos que emergiram da isca foram capturados com uma rede entomológica e mortos em um frasco mortífero com clorofórmio, em seguida transfixados para analise e identificação das espécies. Através dos resultados obtidos, foram identificadas sete espécies pertencentes às famílias Calliphoridae, Sarcophagidae e Muscidae, sendo elas: Chrysomya albiceps (WIEDEMANN, 1819), Phormia regina (MEIGEN, 1826), Cochliomyia macellaria (FABRICIUS, 1775), Hemilucilia semidiaphana (RONDANI, 1850), Chrysomya putoria (WIEDEMANN, 1818), Sarcophaga carnaria (LINNAEUS, 1758) e Musca domestica (LINNAEUS, 1758). O tempo de decomposição do cadáver foi de nove dias, durante os quais foi possível observar a influência da variação de temperatura. Este é o primeiro trabalho com enfoque de interesse forense no estado de Sergipe, em especial, no município de Itabaianinha.
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