DIVERSIDADE DE GÊNERO NO ATENDIMENTO FISIOTERÁPICO EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA: UM TABU A SER QUEBRADO.

Autores

  • Davi Santana Sousa Universidade Tiradentes
  • Licia Santos Santana Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Fisioterapia. Ginecologia. Obstetrícia. Diversidade. Atendimento.

Resumo

A ginecologia e a obstetrícia são especialidades que exigem do fisioterapeuta uma mistura de atributos especialmente amadurecida que, quando preciso, permita à paciente revelar a confiança alguns detalhes mais íntimos e pessoais de sua vida. Essa proposta de tratamento fisioterapêutico traz consigo algumas indagações pertinentes: “Fisioterapeuta do sexo masculino ou feminino para o atendimento em ginecologia e obstetrícia?” e ainda “Ao se formar, eu, fisioterapeuta do sexo masculino, escolheria tal especialização?”. Tais indagações embasam esse estudo que teve como objetivo analisar o quantitativo de mulheres que são atendidas ou preferem ser atendidas por fisioterapeutas do sexo masculino especialistas em ginecologia e obstetrícia, bem como quantificar o número de atendimentos nesse formato que já foi executado, observar a atitude das mulheres perante situações como essas (em que o homem é o ginecologista e as mulheres são pacientes), desconstruir a ideia que somente mulheres podem se especializarem e prestar atendimento em Fisioterapia em Saúde da Mulher, quebrando esse tabu e trazendo consigo a ideia de diversidade de gênero no atendimento de fisioterapia em ginecologia e obstetrícia. Por conseguinte, fazer uma comparativa entre objetivos, resultados e literatura.

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Biografia do Autor

Davi Santana Sousa, Universidade Tiradentes

Graduando em Fisioterapia pela Universidade Tiradentes (2016.1). Foi Monitor da disciplina Recursos Terapêuticos Manuais na Universidade Tiradentes, Aracaju, Se. Foi Monitor / Facilitador de Dança e Coreógrafo através do projeto federal Novo Mais Educação e do projeto local Talent's Night em Colégios e Escolas Municipais e Estaduais do município de Campo do Brito, SE. Atualmente é Membro e Diretor de Atividades Práticas de Extensão e Comunicação da Liga Acadêmica de Fisioterapia em Saúde Pública (LAFS). Membro do Grupo de Estudos em Coluna Vertebral e Terapia Manual do ITC Vertebral de Aracaju, Sergipe. Membro da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia (ABENFISIO) e Participa da Associação Brasileira de Ensino em Fisioterapia de Sergipe (ABENFISIO-SE). Presidente do Centro Acadêmico de Fisioterapia da Universidade Tiradentes - CAFisio Agonista (Gestão 2019.1 e 2019.2). Escritor, com registro na Biblioteca Nacional, com experiência em poesia e dissertação. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Fisioterapia.

Licia Santos Santana, Universidade Tiradentes

Possui graduação em FISIOTERAPIA pela Universidade Tiradentes - UNIT (2007), Título de Especialista pelo COFFITO (2016), Especialização (Pós-graduação Latu Senso) em Fisioterapia em Saúde da Mulher pela Universidade de Ribeirão Preto - UNAERP (2008), Doutora (2016) e Mestre (2011) pelo departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo - FMRP/USP e pós-doutoranda em fisioterapia (UNIT). Fez estágio no pré-parto e pós-parto do Centro de Referência para a Saúde da Mulher(Ribeirão Preto), aluna pesquisadora da Faculdade de medicina de Ribeirão Preto da USP. Trabalhou como professora temporária da disciplina dermatofuncional UFS (2012/2013). Docente do curso de fisioterapia e Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes (UNIT). Membro do grupo de pesquisa Estudos Interdisciplinares em Neurociências e Biotecnologia (EINB/UNIT). Tem experiência na área de Fisioterapia, com ênfase nos seguintes temas: fisioterapia, dermatofuncional, estética, neonatologia, saúde da mulher, qualidade de vida, assoalho pélvico, neoplasias mamárias, sexualidade, pós-parto, trabalho de parto, parto e gestação. Membro da Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher (ABRAFISM), Membro da associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Fisioterapia (ABRAPG-FT), Participa da Associação Brasileira de Ensino de Fisioterapia de Sergipe (ABENFISIO-SE) e da Associação Brasileira de Dermatofuncional (ABRAFIDEF).

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Publicado

2020-04-08

Como Citar

Sousa, D. S., & Santana, L. S. (2020). DIVERSIDADE DE GÊNERO NO ATENDIMENTO FISIOTERÁPICO EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA: UM TABU A SER QUEBRADO. Caderno De Graduação - Ciências Biológicas E Da Saúde - UNIT - SERGIPE, 6(1), 57. Recuperado de https://periodicos.set.edu.br/cadernobiologicas/article/view/7724

Edição

Seção

Artigos